Escorpião dentro de casa

Nova semana, novo céu. Novos impulsos, novos sentimentos da gente para conosco e de nós, pra nossa casa. Outro dia, num casamento ( e eu fui a 3 nesta temporada de Libra que acaba de findar), uma amiga muito próxima e querida me perguntou que negócio era este de astrologia do morar. E como eu sabia que isso tava certo, se ninguém faz. Elementar, minha cara Stephanie, a casa, pra mim, é uma pessoa. Um organismo vivo, com dinâmica própria. Embora a casa física não sai do lugar, o lar e nosso jeito de morar, vai pra onde a gente for. Fica doente, fica feliz, fica desequilibrado, fica iluminado e esbanjando alegria e contentamento. Simples, assim. Eu penso a casa não só como paredes, mas como pessoas e vontades e saberes e relações e cantos e mofos que se esbarram e interagem. Um organismo deveras complexo, como considero o próprio ser humano. A quem interessar possa, alias, a descrição mais abrangente que já considerei sobre mim, dada a gama de interesses tão diferentes entre si aos quais me dedico, foi humanista. É isto que permeia tudo, saber sobre o humano. Sendo a casa quase humana ( e sobre humana, com o perdão do trocadilho infame), eu me permito fazer esta coluna in´dita e semanal de astrologia do morar, sobre a influência dos astros na rotina, nos afazeres e ( por que não?) na decoração de casa, ou seja, no morar. E como eu sei que isto dá certo? Eu simplesmente não sei. Ninguém sabe. A astrologia, donde a vejo e estudo, moderna, trata dos arquétipos e dos tracos psicológicos que os astros podem conferir ao mapa natal de algu´m, por exemplo. Trata de facilidades e dificuldades, nunca de determinismo. Pra saber se vai chover, convém ler metereologia. E eles costumam errar, aliás.

Foca no céu, foca no morar. A semana se iniciou domingo, dia 22, com Marte, o planeta vermalho, o deus da Guerra na mitologia, mais que isso, o senhor das nossas vontades e iniciativa, regente de Áries e Escorpião ( classicamente, pois na astrologia moderna Escorpião é corregido por Plutão), entrando em Libra, território de Vênus, onde o gerreiro pouco pode num mundo de equilíbrio, amenidades e valorização do belo. Seu exílio, afinal. O que significa que o próximo mês e meio será de pouca ação, pouca mão na massa. Pessoas que tem este posicionamento em seus mapas natais são pouco afeitas a esportes de combate ou competição; preferem a dança e a manifestação artística, ao invés. A mesma coisa será com a casa; iniciativa, se for pra fazer alguma coisa artística, pintar um quadro, um painel, uma mandala, extravasar os sentimentos em forma de arte, nada de quebrar paredes.

Sentimentos, aliás, que estarão em evidência todo este mês de Escorpião, que já começou lindamente com a conjunção entre Mercúrio e Júpiter semana passada, nos primeiros graus do signo. Júpiter permanece pouco mais de um ano neste signo, favorecendo o autoconhecimento em profundidade, dado que Escorpião é profundo e intenso, regido por Plutão, o rei do Hades, o que nunca sai de casa, a não ser pra raptar Perséfone ( leia o post anterior da astrologia na varanda com este mito). Este ano, portanto, não é favorável a deslocamentos e mudanças de endereço. Mas é favorável, por outro lado, a que exploremos nossas vontades, que entremos em contato com tudo aquilo que desejamos como ambiente de descanso, de acolhimento, de verdadeiramente se sentir em casa. Ótimo ano para refletir sobre o morar, durante este trânsito de Júpiter em Escorpião, que vai de 10 de outubro de 2017 a 08 de novembro de 2018. E agora, como falei, começa o bonde de Escorpião. Já temos Júpiter, Mercúrio e Sol, que entrou no início da manhã do dia 23, em Escorpião. O que você deseja pra si, pros seus, pra sua casa e qual a sua relação com o lugar que você mora? Estas são as perguntas deste mês. Quanto mais você refletir e demorar a responder, mais no espírito de Escorpião estará. Signo de água, da modalidade fixa, feminine, noturno, frio, regido por Plutão e Marte, intenso e profundo; que uma carapaça que nunca desidrata. Porque tem também o tempo de pausa, o tempo de sentir. E este tempo é agora. Hora de saber o que você sente por cada canto da sua casa, de perceber onde não se sente bem e porquê. Sentimento, autoconhecimento e cura são as palavras deste ciclo que se iniciou após a Lua Nova de Libra.

A lua, que reflete nossas emoções e primeiras reações no lar e com seus habitants, entrou, fagueira e idealista, em Sagitário no domingo, fazendo uma conjunção com Saturno, nos últimos graus deste signo para, ontem à noite, entrar em Capricórnio, signo de seu detrimento, de seu exílio. Amanhã, antes de entrar em Aquário na sexta, faz uma conjunção com Plutão, ainda no último decanato de Capricórnio, donde só sai em 2020, que sempre nos pergunta do que a gente não precisa, o que podemos viver sem. De modo que estes dias serão especialmente importantes praquela faxina curadora que descarta tudo que nnao nos serve mais. A Lua em Aquário de sexta e sábado deve dar ares irreverentes a tanta profundidade de sentimento durante a semana, já na fase crescente. E devemos passar o domingo novamente sentimentais com tanta água, mas ainda mais espiritualizados com a Lua em Peixes que se encontra com Netuno no começo da semana que vem, turvando nossa visão sobre o que achamos divertido em estar em casa e conosco, sobretudo filmes e séries. Nadem; apenas não se afoguem. Aqui, inclusive, começou a chover. J Que os astros mandem mesmo água, que tudo lava e purifica; a gente estava precisada.

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