Inspiração: Bonequinha de Luxo

Na semana passada, apresentamos o novo espaço do ACQMVQ onde vamos falar sobre filme e casas bonitas. Nosso primeiro post lindo sobre o tema foi inspirado no filme francês O Fabuloso Destino de Amélie Poulain. Foi um “xucesso” e a Morghana Garcia sugeriu que valia a pena demais falar do Bonequinha de Luxo. Valeu, Morghana pela participação e valeu todo mundo mais que deu seus pitacos. Só gente fina, elegante e sincera na nossa página do Face e lá no post. Brigaduuu…Vamos tentar falar de todos, até dos ruins. Pode ficar tranquila, Eliane Fortes! A  Casa de Vidro ainda vai aparecer aqui.

Qualquer coisa com a Audrey Hepburn, na minha opinião, já vale o balde de pipoca. Seja um filme, um documentário, uma entrevista.Ela sempre tá lá linda, leve, diva…Ela é uma das atrizes mais bonitas que a imagem foi capturada pelas lentes do cinema americano. Falar dela nunca é difícil. Sou total fã. Já viram, né?!

Bonequinha de Luxo foi exibido pela primeira vez em outubro de 1961 e é uma adaptação da novela Breakfast at Tiffany´s,  escrita por Truman Capote, em 1958. A sinopse do filme cê confere aqui ó:

Holly Golightly (Audrey Hepburn) é uma garota de programa nova-iorquina que acha que a melhor coisa que ela pode fazer na vida é casar com um milionário. Ela é uma mistura de inocência, ambição e futilidade, mas isso não importa! O que importa é que ela toma seus cafés da manhã em frente à famosa joalheria Tiffany`s, com a intenção de fugir dos problemas. Porém, contudo, todavia, os planos da garota mudam quando ela conhece Paul Varjak (George Peppard) que é um jovem escritor.  Ela até se interessa por ele , mas luta para não se entregar a um amor que contraria seus objetivos de tornar-se rica.

Acho que pra falamos do apartamento da Holly temos que dividir o texto em dois momentos: O primeiro é quando ela conhece o Paul e está lá vivendo a sua vida de noitadas e tudo mais. No segundo momento, ela já está decidida a ir para aquele país maravilhoso, cheio de gente bacana conhecido como Brazil e a decoração do lugar muda bastante.

Vamos a primeira fase. Vou tentar ser mais objetiva hoje que o post tem muitas fotos.

*Como tirei as fotos do próprio filme e ele é mais antigo (Tem mais de 50 anos), a qualidade das imagens não estão em alta definição super ultra mega definida.

Alguns itens que me chamam atenção nesse cenário da sala/cozinha da Holly.

1. Caixotes! Aqui a gente ama caixotes e essa mesa de centro ficou legal. Sabe que tem até tutorial do Léo pra você fazer o seu?! Clica aqui ó.

2. Sofá que era banheira clássica linda com almofadas coloridas. Esse é o item mais desejado de todos dessa decoração. Sempre que falo com alguém desse filme, tem a hora de conversar sobre a banheira.

3. Malas. Malas espalhadas pela sala (que você vai ver melhor daqui a pouco). Gosto da ideia de, ao invés de um móvel pra guardar as coisas, empilhar malas. Daria essa sugestão pra pessoas que amam viajar. É um detalhe super charmoso. E você pode colocar várias coisas lá dentro sem deixar espalhadas pela casa.

4. A Rosa dos Ventos grande de ferro do lado da porta.  Item desejo.

5. Massss acho que o que mais gostei foi o biombo branco entre a cozinha e o corredor.

6. Ao fundo, a cozinha clean.

7. Tapete de zebra.

Parece que Holly acabou de chegar em Nova Iorque e deixou as malas em qualquer lugar, usou o que podia pra quebrar um galho no apartamento e nem ainda conseguiu tirar todos os seus pertences das caixas. Só que quando Fred pergunta quanto tempo ela está lá, a resposta é que não acabou de chegar. Aparentemente a decoração não é tão intencional quando você entende um pouco de quem é a Holly. Nem por isso ela deixa de ser muuuuito interessante.

Ela guarda o telefone na mala para abafar o barulho.

Nessas duas últimas fotos conseguimos ver melhor as malas espalhadas, o sofá inteiro e na próxima, a simplicidade da cozinha mais de perto. Parece que tudo já estava lá. O armário do jeito que ela alugou o apartamento e as paredes sem nenhuma alteração, tudo branco. Os armários aéreos ela aproveita pra guardar umas coisas em cima também. Se a cozinha é pequena, esse espaço pode ser bem útil.

Já no quarto da Holly, um dos itens que mais gosto é a penteadeira de madeira, improvisada. Me parece madeira de demolição nas bases… Esse filme me surpreende nesse ponto. Quando pensamos no filme Bonequinha de Luxo já imaginamos a Audrey super glamorosa com aquele colar de pérolas, um vestido caro, mas quando você conhece a Holly ela está longe disso, apesar de ser extremamente elegante. Ela é alguém com um jeito de se vestir realmente que impressiona e que faz seus clientes ficarem hipnotizados por ela. Com a decoração da casa não parece ter essa preocupação.

Aqui no quarto também a gente percebe uns itens que são meio enigmáticos pra mim. Eles são muito diferentes de tudo que a gente já viu na sala.

1. O burrinho no canto com as flores e cestos de frutas penduradas.

2. No outro canto tem, em cima de uma mala, uma pichorra ou pinhata.

Eu lembro de ter lido que a Audrey pediu que a Holly fosse adaptada a ela já que, no livro, ela era alguém que falava abertamente sobre sexo, com comportamento e um vocabulário que deixavam mais claro que ela era uma garota de programa. A indicada para a personagem, inclusive, num primeiro momento foi a Marilyn Monroe que tem uma imagem  bem mais picante do que a Audrey. Mas não deu certo e isso é legal já que a Audrey também empresta a Holly a sua doçura. O que quero dizer com esse papo profundo aí é que a Holly é uma mulher totalmente diferente dos padrões da época, do American Way of Life.  A imagem que a maioria das pessoas tem dela, talvez por ser a Audrey,  é dessa mulher apenas phyna, sei lá, como se ela fosse uma socialite. Parece que ser garota de programa é apenas um detalhe irrelevante. Não é! Isso diz muito a respeito dela, da personalidade, da mulher corajosa que é!

Acredito que nossa casa, quarto fala muito sobre nós. Ver esses dois itens reforça isso e o ar divertido da personagem, ao mesmo tempo que conta sobre seu passado no campo e mostra o quanto ela é sonhadora. No filme, com carinho, ela conta sobre uma vez que foi ao México e  demonstra um possível interesse de voltar lá um dia com seu irmão que está no exército.

Pra mim, não dói aos olhos ver uma banheira linda virar sofá, ter um caixote, uma pichorra no apartamento. Ainda que você não goste da mistura, combina com ela, você entende que é ela. É diferente, é interessante, é ousado.

Vamos pra segunda fase pra finalizar.

Quando a Holly resolve ir ao Brasil, a casa muda. A gente vê os cartazes, as plantas, o caixote é coberto, surge uma mesa…enfim, perde um pouco da ousadia talvez.

Aqui as coisas mudam pra valer e você consegue perceber uma decoração intencional. Não digo que o lugar ficou sem graça, mas eu adoro a primeira fase do apartamento. Seria muito prafrentex dizer, mas vou dizer: Parece que ela perdeu um pouco algumas referências de quem é ela, gente! Aqui dói meu olho!

Virou uma bagunça! Esses cartazes do Brasil e da BAHÊAA, a cabeça de vaca…senhor! Taxidermia! Num sei…Num faltou harmonia?! A única coisa que acho um barato é a lã na luminária.

Outro lugar que passa por essa transformação é a cozinha. Agora ela é toda preenchida de utensílios de quem se aventura mesmo a cozinhar. Achei que aqui a mudança até ficou bacaninha. Tem os temperos do lado da janela, as colheres penduradas. Legalzinha.

Então é isso, pessoas! Acabamos por aqui.

Continuamos aceitando todas as indicações de vocês… Temos filmes pra muuuuitas sextas agora.

Fica a pergunta: Esse ligação da sua casa com quem você é faz sentido pra você? Tem que ter harmonia?!

Um brinde de leite!

Pendente verde e dourado – Adesivo papel de parede cinza – Quadro Audrey Colorido Fulway – Sofá verde esmeralda (Foi difícil achar uma banheira sofá, haha. Esse Tyffani é muito Audrey) – Capa de almofada rosa – Tapete zebra – e ainda temos os caixotes que você pode comprar pronto na Casa de Criação =)