As surpresas do interior e um antiquário cheio de histórias.

Toda cidade guarda muitas histórias, acontecimentos, segredos. Revirar um pouco do passado de onde você mora pode ser mais interessante e incrível do que passar a tarde em um museu de uma grande metrópole, acredite.

Há um ano chegávamos em Gravatá, com mala, cuia, roupa do corpo e coragem. Estamos gostando da cidade, da vida mais tranquila e dessa sensação de conhecer todo mundo. A única desvantagem de viver aqui, é a falta de opções de lazer, mas levando em consideração que Recife fica a 80km e Caruaru a 40km, até que não é tão difícil assim, somente quando bate a preguiça de pegar a estrada.

No último feriado do dia primeiro, um dia desses de forte preguiça, saímos sem eira nem beira para andar pelas ruas e encontramos de porta abertas, bem no meio do comércio, um casarão que sempre estava fechado quando passávamos pelo local. Vou parando o carro, olhando mais de perto e…”Vamos ali agoooora meninos, desçam do carro!”

Encontramos um senhorzinho lixando um tampo de mesa, e que com um sorriso largo fala alto: Fiquem à vontade, mas não liguem pra poeira, podem vasculhar tudo.

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Entramos e descobrimos um mundo de antiguidades. Mas esse não é um antiquário como todos os outros, a atmosfera é diferente, muuuito diferente e inexplicável. Isso se deve também ao fato do Sr. Mitre saber a história de quase todos os objetos, conhecer os antigos donos, saber da casa de quem veio cada móvel. Muito massa.

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Vejo uma latinha branca e quando abro (Ele disse que podia mexer em tudo, deu liberdade, daí já viu), fotos antigas! Pergunto quem são e ele me diz que trouxe de uma antiga casa de revelação de fotos. Claro que me senti total Amelie Poulain.

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O armazém é assim cheio de poeira (Risquei as inicias do blog nesse espelho antigo, nhoim), nada é restaurado ou consertado, mas muitas coisas lindas em bom estado, que dá vontade de trazer pra casa e deixar com carinha de novo.  Achei os preços bem razoáveis, e quando fui em outro antiquário da cidade (Esse sim altamente comercial com coisas antigas novíssimas, se é que você me entende) entendi que Sr. Mitre vende tudo a um preço muito justo, com direito a uma boa história de cortesia.

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Há um ano estamos morando aqui, nessa cidade que às vezes se disfarça de entediante, mas basta um pouquinho de preguiça e vontade de descobrir um pouco mais, que ela te oferece passeios que não tem preço.

Para os pernambucanos de plantão, o Armazém das Artes funciona toda sexta e sábado.

Contato: Mitre Zarzar ( 81- 3533-0545)

9 COMMENTS

  1. Nossa amo muito tudo isso!
    Cada dia mais apaixonada pelas tuas descobertas em Gravatá.
    Ahhh interior que nos encanta!
    Aqui os preços são altíssimos e a conservação e a apresentação deixam a desejar, é garimpo com pescaria.
    Beijos

  2. Aqui em Belo Horizonte temos uma rua chamada Itapecerica, cheia de antiquários nesse estilo, com objetos em sua maioria sem reparo/reforma, mas em excelente estado em sua maioria.Amo passear por lá,minha mesa da copa e o armário do banheiro vieram daquele lugar que pra mim é mágico! O problema é que a rua é ao lado da “cracolândia” da cidade, o que espanta quem não conhece o local, pq a rua em si não é tão perigosa, mas, via das dúvidas só vou lá acompanhada de mais gente.
    Na realidade, sei de muitos antiquários da parte nobre da cidade compram móveis lá, restauram e botam um preço mega absurdo.
    Enfim, entrar em lugares assim para mim é como viajar pra outra época, amooo!

  3. já tinha visto esse post e esse local, mas morando em gravatá há mais ou menos 1 ano só agora conseguimos visitar esse local.
    e realmente é tudo verdade, ana 🙂 q lugar arretado e que figura é o proprietário!
    chega dá pena ter q deixar essa cidade q nem cheguei a conhecer direito.
    valeu a dica e feliz ano novo!

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